terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A importância de saber chegar a casa a horas

Mário Cordeiro, pediatra, disse na semana passada numa conferência organizada pelo Departamento de Assuntos Sociais e Culturais da Câmara Municipal de Oeiras, que muitas birras e até problemas mais graves poderiam ser evitados se os pais conseguissem largar tudo quando chegam a casa para se dedicarem inteiramente aos seus filhos durante dez minutos.
Ao fim do dia os filhos têm tantas saudades dos pais e têm uma expectativa tão grande em relação ao momento da sua chegada a casa que bastava chegar, largar a pasta e o telemóvel e ficar exclusivamente disponível para eles, para os saciar. Passados dez minutos eles próprios deixam os pais naturalmente e voltam para as suas brincadeiras. Estes dez minutos de atenção exclusiva servem para os tranquilizar, para eles sentirem que os pais também morrem de saudades deles e que são uma prioridade absoluta na sua vida. Claro que os dez minutos podem ser estendidos ou até encurtados conforme as circunstâncias do momento ou de cada dia. A ideia é que haja um tempo suficiente e de grande qualidade para estar com os filhos e dedicar-lhes toda a atenção.
Por incrível que pareça, esta atitude de largar tudo e desligar o telemóvel tem efeitos imediatos e facilmente verificáveis no dia-a-dia.
Todos os pais sabem por experiência própria que o cansaço do fim de dia, os nervos e stress acumulados e ainda a falta de atenção ou disponibilidade para estar com os filhos, dão origem a uma espiral negativa de sentimentos, impaciências e birras.
Por outras palavras, uma criança que espera pelos pais o dia inteiro e, quando os vê chegar, não os sente disponíveis para ela, acaba fatalmente por chamar a sua atenção da pior forma. Por tudo isto e pelo que fica dito no início sobre a importância fundamental que os pais-homem têm no desenvolvimento dos seus filhos, é bom não perder de vista os timings e perceber que está nas nossas mãos fazer o tempo correr a nosso favor. (in Boletim de Julho da Acreditar)

Leiam, mesmo não tendo filhos....

Crianças, sujem-se à vontade!

O excesso de limpeza pode prejudicar a saúde das crianças. De acordo com estudos científicos, as bactérias que vivem na pele ajudam no processo de cicatrização.

É bom sujarmo-nos! Esta máxima não é falácia das marcas de detergentes para lavar roupa. Os adultos devem permitir que as crianças se sujem porque o excesso de limpeza pode prejudicar a capacidade da pele de se recuperar de ferimentos, indica um estudo feito por cientistas americanos.

Segundo a BBC, um grupo de investigadores científicos chegou à conclusão que as bactérias que vivem na pele activam um mecanismo que ajuda a prevenir inflamações quando nos magoamos. Um estudo que chegou a ser publicado na edição online da publicação científica "Nature Medicine".
Se esta teoria for comprovada e validada pela comunidade científica poderá servir de base para a "hipótese da higiene", segundo a qual a exposição a germes no início da infância fortalece o organismo contra alergias. Muitos especialistas acreditam mesmo que a obsessão por limpeza na sociedade moderna estaria por detrás de uma explosão em casos de alergia em países desenvolvidos.
A equipa de investigadores de Richard Gallo, professor da School of Medicine da University of Califórnia, em San Diego, identificou um mecanismo segundo o qual uma molécula encontrada em estafilococos - um tipo de bactéria presente naturalmente na pele - inibe a inflamação excessivamente agressiva da pele após um ferimento. Os estafilococos - que são destruídos por desinfectantes e sabão - podem causar infecções se conseguirem estar dentro do organismo das pessoas, mas na pele essas bactérias vivem sem causarem problemas.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Legislação contra fumo passivo só protege 5,4% da população mundial

Apenas 5,4 por cento da população mundial está protegida por leis que proíbem o fumo em espaços públicos, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS) num relatório divulgado hoje.
A OMS realça ainda que o tabagismo passivo é responsável por 600 mil mortes prematuras por ano.
«Em 2008, as leis que impõem uma interdição total de fumar cobrem apenas 5,4 por cento da população mundial, contra 3,1 por cento em 2007», assinala o Relatório da OMS sobre a epidemia mundial de tabagismo 2009.
Só 17 países instauraram até agora uma legislação que protege os não fumadores.
No total, as leis estabelecidas em 2008 abrangem mais 154 milhões de pessoas do que no ano anterior, permitindo-lhes que não sejam «expostas aos efeitos nocivos do fumo do tabaco no seu local de trabalho, restaurantes, bares e no interior de outros locais públicos», detalha o documento, indicando que é proibido fumar em 22 das 100 cidades mais populosas do mundo.
A convenção quadro da OMS contra o tabagismo, que possui um artigo consagrado à protecção contra a exposição ao fumo do tabaco, foi já ratificada por cerca de 170 países, após a sua assinatura, em 2005, assinala o relatório.
«O facto de mais de 94 por cento da população não estar protegida por uma legislação que interdite totalmente o fumo mostra que há ainda muito que fazer», afirmou o sub-director geral da OMS responsável pela área das doenças não transmissíveis e saúde mental, Ala Alwan, citado num comunicado da organização.
«É necessário actuar com urgência», insistiu o responsável, lembrando que o tabagismo passivo provoca «cerca de 600 mil mortes prematuras por ano, inúmeras doenças incapacitantes e perdas económicas anuais de dezenas de milhares de dólares».
O tabagismo é a primeira causa evitável de morte e faz mais de cinco milhões de vítimas por ano, avança o relatório da OMS, adiantando que este número pode subir para oito milhões em 2030. (Publicado Lusa/SOL)