terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A importância de saber chegar a casa a horas

Mário Cordeiro, pediatra, disse na semana passada numa conferência organizada pelo Departamento de Assuntos Sociais e Culturais da Câmara Municipal de Oeiras, que muitas birras e até problemas mais graves poderiam ser evitados se os pais conseguissem largar tudo quando chegam a casa para se dedicarem inteiramente aos seus filhos durante dez minutos.
Ao fim do dia os filhos têm tantas saudades dos pais e têm uma expectativa tão grande em relação ao momento da sua chegada a casa que bastava chegar, largar a pasta e o telemóvel e ficar exclusivamente disponível para eles, para os saciar. Passados dez minutos eles próprios deixam os pais naturalmente e voltam para as suas brincadeiras. Estes dez minutos de atenção exclusiva servem para os tranquilizar, para eles sentirem que os pais também morrem de saudades deles e que são uma prioridade absoluta na sua vida. Claro que os dez minutos podem ser estendidos ou até encurtados conforme as circunstâncias do momento ou de cada dia. A ideia é que haja um tempo suficiente e de grande qualidade para estar com os filhos e dedicar-lhes toda a atenção.
Por incrível que pareça, esta atitude de largar tudo e desligar o telemóvel tem efeitos imediatos e facilmente verificáveis no dia-a-dia.
Todos os pais sabem por experiência própria que o cansaço do fim de dia, os nervos e stress acumulados e ainda a falta de atenção ou disponibilidade para estar com os filhos, dão origem a uma espiral negativa de sentimentos, impaciências e birras.
Por outras palavras, uma criança que espera pelos pais o dia inteiro e, quando os vê chegar, não os sente disponíveis para ela, acaba fatalmente por chamar a sua atenção da pior forma. Por tudo isto e pelo que fica dito no início sobre a importância fundamental que os pais-homem têm no desenvolvimento dos seus filhos, é bom não perder de vista os timings e perceber que está nas nossas mãos fazer o tempo correr a nosso favor. (in Boletim de Julho da Acreditar)

Leiam, mesmo não tendo filhos....

Crianças, sujem-se à vontade!

O excesso de limpeza pode prejudicar a saúde das crianças. De acordo com estudos científicos, as bactérias que vivem na pele ajudam no processo de cicatrização.

É bom sujarmo-nos! Esta máxima não é falácia das marcas de detergentes para lavar roupa. Os adultos devem permitir que as crianças se sujem porque o excesso de limpeza pode prejudicar a capacidade da pele de se recuperar de ferimentos, indica um estudo feito por cientistas americanos.

Segundo a BBC, um grupo de investigadores científicos chegou à conclusão que as bactérias que vivem na pele activam um mecanismo que ajuda a prevenir inflamações quando nos magoamos. Um estudo que chegou a ser publicado na edição online da publicação científica "Nature Medicine".
Se esta teoria for comprovada e validada pela comunidade científica poderá servir de base para a "hipótese da higiene", segundo a qual a exposição a germes no início da infância fortalece o organismo contra alergias. Muitos especialistas acreditam mesmo que a obsessão por limpeza na sociedade moderna estaria por detrás de uma explosão em casos de alergia em países desenvolvidos.
A equipa de investigadores de Richard Gallo, professor da School of Medicine da University of Califórnia, em San Diego, identificou um mecanismo segundo o qual uma molécula encontrada em estafilococos - um tipo de bactéria presente naturalmente na pele - inibe a inflamação excessivamente agressiva da pele após um ferimento. Os estafilococos - que são destruídos por desinfectantes e sabão - podem causar infecções se conseguirem estar dentro do organismo das pessoas, mas na pele essas bactérias vivem sem causarem problemas.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Legislação contra fumo passivo só protege 5,4% da população mundial

Apenas 5,4 por cento da população mundial está protegida por leis que proíbem o fumo em espaços públicos, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS) num relatório divulgado hoje.
A OMS realça ainda que o tabagismo passivo é responsável por 600 mil mortes prematuras por ano.
«Em 2008, as leis que impõem uma interdição total de fumar cobrem apenas 5,4 por cento da população mundial, contra 3,1 por cento em 2007», assinala o Relatório da OMS sobre a epidemia mundial de tabagismo 2009.
Só 17 países instauraram até agora uma legislação que protege os não fumadores.
No total, as leis estabelecidas em 2008 abrangem mais 154 milhões de pessoas do que no ano anterior, permitindo-lhes que não sejam «expostas aos efeitos nocivos do fumo do tabaco no seu local de trabalho, restaurantes, bares e no interior de outros locais públicos», detalha o documento, indicando que é proibido fumar em 22 das 100 cidades mais populosas do mundo.
A convenção quadro da OMS contra o tabagismo, que possui um artigo consagrado à protecção contra a exposição ao fumo do tabaco, foi já ratificada por cerca de 170 países, após a sua assinatura, em 2005, assinala o relatório.
«O facto de mais de 94 por cento da população não estar protegida por uma legislação que interdite totalmente o fumo mostra que há ainda muito que fazer», afirmou o sub-director geral da OMS responsável pela área das doenças não transmissíveis e saúde mental, Ala Alwan, citado num comunicado da organização.
«É necessário actuar com urgência», insistiu o responsável, lembrando que o tabagismo passivo provoca «cerca de 600 mil mortes prematuras por ano, inúmeras doenças incapacitantes e perdas económicas anuais de dezenas de milhares de dólares».
O tabagismo é a primeira causa evitável de morte e faz mais de cinco milhões de vítimas por ano, avança o relatório da OMS, adiantando que este número pode subir para oito milhões em 2030. (Publicado Lusa/SOL)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Cocaína: Histórias de quem vive no fim da linha

A cocaína tem uma áurea de glamour que continua a atrair jovens a consumi-la. Mas quem sofreu na pele os efeitos da droga da moda tem uma visão negra deste vício.
O cabelo castanho ondulado está preso atrás da cabeça e seguro por alguns ganchos. Há base a mais no rosto, mas não chega para disfarçar as borbulhas, principalmente nas bochechas. Um brinco enorme cai da orelha direita e roça o longo cachecol escuro que cai até aos joelhos. Quando se senta e cruza as pernas, recostando-se no sofá à procura de descanso, uma das botas castanhas fica suspensa no ar e a outra firme no chão. Os olhos azuis também parecem flutuar, como se num momento estivessem ali, naquela sala com vista para a serra, e no outro já não. Acabou de coçar o queixo e tossiu um pouco. Como é que eu, Xana, rapariga bonita que teve o mundo ao alcance das mãos, cheguei aqui?
O caminho seria sempre o mesmo, estivesse o mapa aberto sobre uma mesa ou apertado nas costas de um punho fechado. É uma linha recta que se percorre em corridas rápidas, cada vez mais frequentes e cada vez mais rápidas, ficando cada vez mais longe do ponto de partida sem, porém, estar mais perto do ponto de chegada. Uma estrada para lugar nenhum na qual se move uma massa de corredores solitários, pouco preocupados com quem vai ao lado. No último mês, de acordo com Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), um milhão e meio de pessoas tirou bilhete de ida nessa viagem chamada cocaína.
O primeiro passo
O primeiro passo é um gesto simples, tão simples como inspirar com força. O pó branco chega rapidamente à garganta, a droga entra na corrente sanguínea e os efeitos sucedem-se no espaço de segundos: os nervos perdem a capacidade de propagar impulsos, (anestesia) e as sensações desaparecem - como se o corpo flutuasse fora dele próprio. Ao mesmo tempo, explica o médico Miguel Franco, do Instituto Nacional de Medicina Legal, a droga bloqueia a recaptação de três neurotransmissores - a norepinefrina, a dopamina e a serotonina. O primeiro provoca midríase (dilatação das pupilas), vasoconstrição, hipertensão e taquicardia. A dopamina é responsável por uma sensação de euforia, um acréscimo de energia psíquica e por doses acrescidas de excitação sexual e de autoconfiança.
Xana, ainda sentada, reduz a explicação científica a duas frases que, aos 20 anos, já repetiu vezes sem conta . "Sentes-te bem. Capaz de tudo." Se a vida normal fosse uma linha recta (mais uma) num gráfico, o efeito da cocaína estaria vários pontos acima dela, ao contrário do que sucede com a heroína, eternamente no fundo. "Numa sociedade competitiva, em que se trabalha cada vez mais, num ritmo cada vez mais intenso, a cocaína é uma droga cujos efeitos parecem ajustados", reconhece João Pedro Augusto, do centro de tratamento Villa Ramadas. "Não é por acaso que é a droga da moda e que surge sempre associada a algum glamour", comenta Paula Andrade, responsável pelo Núcleo de Redução de Danos do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT).
Num gabinete amplo e com vista para a Praça do Areeiro, em Lisboa, a responsável do IDT não evita um sorriso quando ouve o tema da reportagem. "A cocaína é, talvez, a droga mais difícil de catalogar", assegura. Uma abordagem tímida podia começar mais ou menos assim: pode ser inalada (o que se associa à vida da noite e à diversão), fumada, (com o nome de "free base", uma droga de rua usada por uma população considerada problemática) ou injectada (em conjunto com a heroína). É a segunda droga mais consumida pelos portugueses, no total e entre os jovens adultos, é mais consumida por homens do que por mulheres e o Algarve e Lisboa são as zonas com maiores prevalências de consumo. De acordo com alguns estudos, começam a surgir sinais preocupantes de consumo em festas trance - onde há poucos anos praticamente não existia.
Xana, outra vez. Agora tem 17 anos e é um sábado à tarde. A mãe saiu de casa há três anos, o pai é um toxicodependente em recuperação, a escola corre bem - "eu era óptima aluna e esses problemas com a minha mãe e o meu pai estavam perfeitamente resolvidos". É sábado à tarde e dois amigos mais velhos espalham linhas de cocaína sobre uma mesa. "Não consegui, tive medo." Passou uma semana até ser sábado outra vez. Falou com a melhor amiga e à segunda oportunidade estavam as duas diante da tal mesa. Nessa tarde, o medo não apareceu.
Uma vida aparentemente normal
Miguel, é hora de o apresentar, é dois anos mais velho, mas baixa a cabeça quando Xana fala, como se se ouvisse a si mesmo. E fica ali, com o cabelo oxigenado e as orelhas furadas, no cimo de uma figura toda vestida de preto e de braços cruzados. Começou mais cedo, mas continuou como se fosse normal. "Toda a gente à minha volta consumia. Como trabalhava, e ainda trabalho, nunca me faltou o dinheiro..." Nunca se viu, como um amigo seu, a passar três dias num bairro degradado a pedir 10 cêntimos para comprar uma dose. Mas viu pior, o seu rosto reflectido num espelho. "Tinha a droga à minha frente e já consumia só pela frustração de não conseguir parar de consumir."
Paula Andrade já conhece a história. Conhece piores. Tantas que já poucas a conseguem surpreender. "A cocaína é uma droga gulosa, com efeitos muito curtos", explica. Os técnicos gostam de recorrer à imagem do ioiô para descrever a vida de um consumidor de cocaína - permanentemente entre o alto e o baixo, sem nunca mais voltarem ao ponto inicial. "O resultado é que os consumidores precisam de doses cada vez mais fortes e cada vez mais depressa", resume a técnica do IDT. João Pedro Augusto, do centro de tratamento, prossegue o raciocínio. "Um consumidor de heroína tem um limite a partir do qual entra em overdose. Com a cocaína não é assim. Se a pessoa tiver um quilo", diz, por exagero, "consome um quilo. E não descansa. Está sempre a pensar que precisa de mais, e mais e mais... É muito mais complicado lidar com esta dependência".
Há outro dado importante. Hoje em dia, a maioria dos pacientes que chega a Villa Ramadas com problema de drogas chega com problemas de dependência de cocaína. Portugueses, claro, mas também espanhóis - onde a situação é considerada uma das mais graves da Europa, a par da Inglaterra, gregos, franceses e também dos países nórdicos. O Observatório Europeu estima que pelo menos 13 milhões de pessoas tenham experimentado cocaína. Destes, quatro milhões fizeram-no no último ano. Há vestígios de cocaína na maioria das notas em circulação e análises na Alemanha e em Itália revelaram níveis alarmantes nos principais rios.
Consumo a cair?
Ainda assim, o relatório deste ano do UNODC, organismo das Nações Unidas que monitoriza o tráfico e consumo de droga, admite que o fluxo de cocaína para a Europa pode ter começado a cair. Houve menos apreensões, os preços subiram e o grau de pureza da droga é menor - sinais de que a quantidade disponível é menor. Colômbia, Peru e Bolívia são os países de origem da maior parte da droga apreendida, enquanto a Venezuela, o Equador e o Brasil são os principais pontos de passagem, a par de alguns países africanos. A Guiné-Bissau talvez seja o caso mais conhecido. "A situação é muito grave", desabafa um elemento da PJ sobre o país que, nos últimos dois anos, entrou para a lista negra de todas as polícias do mundo como a principal plataforma giratória no tráfico de cocaína sul-americana a caminho da Europa.
O mesmo responsável da PJ lembra, no entanto, que a queda no fornecimento de cocaína para a Europa não é necessariamente uma boa notícia. "O mercado da droga é global e não há zonas vazias. Nos países do Leste, neste momento, vive-se um problema sério com a heroína. Na Rússia, há cerca de dois milhões de dependentes. Se começa a haver muita pressão sobre o tráfico de cocaína, o mercado vai mudar", analisa. A aula de economia e distribuição prossegue no Areeiro, no gabinete de Paula Andrade, no 5º andar. "A heroína parece estar a ressurgir entre nós. Há cada vez mais, de melhor qualidade e mais barata, o que pode vir a ser um problema." Uma conta simples de fazer, já que a última década tem sido generosa para os plantadores de papoila no Afeganistão. E nem a guerra no país parece capaz de travar a acção das redes de tráfico que, admite a ONU, poderão ter armazenado ópio e heroína suficientes para fornecer o mercado durante dois anos.
José, 56 anos, entende bem o funcionamento do mercado. Por isso, e também graças às companhias certas, nunca precisou de procurar muito para encontrar droga. "Era tão fácil que, quando saí da prisão, mandaram-me um quilo para casa", conta, tranquilo. Foi há 15 anos, quando ainda tinha três carros, conhecimentos, dinheiro para tudo e pouca vontade de parar. Quando ainda não se tinha casado e ainda não era pai. Um dia, para se casar e ter uma filha, decidiu que tinha de parar. "Passei um mês trancado em casa. Quando saí, parecia um esqueleto, parecia que estava morto. Mas não. Estava mais vivo do que nunca." Nesse dia, meteu-se no carro e guiou até ao local onde tinha a droga. Ao fim da tarde, num pinhal, abriu o saco e deixou que o vento levasse milhares de euros de um pó branco em direcção ao mar.
A cocaína pode ter esse efeito, o de tornar incríveis todas as histórias em que surge. Em Outubro de 2006, em Peniche, começaram a dar à costa pacotes de cocaína - resultado de um desembarque mal sucedido ao largo da costa portuguesa. Nos meses seguintes, dois militares da GNR foram presos por desviarem quatro quilos de droga e consumidores de todo o país rumaram à cidade. Cinco anos antes, nos Açores, o mar trouxe carga igual e a cocaína começou a vender-se à chávena. Nesses dias de loucura, um casal de idosos decidiu fritar peixe para o almoço, mas em vez de farinha usou cocaína com um grau de pureza a rondar os 90 por cento. "Um familiar tinha deixado o pacote lá em casa", conta um elemento das equipas de rua.
Como se não houvesse amanhã
Os técnicos que contactam com os toxicodependentes de rua falam de um mundo que não parece real. "Há uma imagem de glamour da coca, sempre associada às classes mais altas", diz Paula Andrade. "Mas há um outro lado, o dos consumidores de 'base', de cocaína fumada, que vive incógnito." A base é preparada a partir da cocaína, aquecendo-a com água e químicos, e é fumada. Os efeitos são semelhantes aos da cocaína, mas ainda mais rápidos e intensos. A probabilidade de uma overdose cresce exponencialmente, tal como sobem as infecções nos brônquios, as paragens respiratórias, as hemorragias cerebrais e os enfartes do miocárdio.
Angel, um espanhol de 39 anos a ser tratado em Portugal, estranha quando tem de olhar para o passado. Fala dele próprio como se fosse outra pessoa, alguém que 'snifava' e fumava cocaína "como se todos os dias fossem o último dia" e alguns estiveram perto de o ser. "Passei a faculdade toda em festa, senti-me várias vezes no fundo, mas, quando acabou, já com alguns tratamentos em cima, abrandei. Quando comecei a trabalhar, meti uma vez e jurei que não o voltaria a fazer. Podia ter jurado qualquer coisa. Era igual. O que me custa agora é não saber como é a vida sem drogas. Os meus colegas de escola têm famílias, filhos, problemas e não precisam da droga." Angel, o espanhol de 39 anos, está à procura de uma segunda oportunidade.
150 anos de cocaína
A data talvez passe despercebida, mas fará 150 anos em 2010 que um investigador da Universidade de Gottingen, no coração da Alemanha, isolou um alcalóide psicoactivo da folha da coca. Albert Niemann usou álcool, ácido sulfúrico, éter e bicarbonato de sódio para criar uma substância a que chamou cocaína. Desde então, foi recomendada por médicos, misturada em vinho (e bebida pela realeza europeia), usada em refrigerantes, apregoada como afrodisíaco e desinibidor de personalidade e objecto de um tratado de Freud (Uber coca). As primeiras restrições ao seu uso surgiram cerca de 1920, nos Estados Unidos da América. O mercado negro cresceu e os cartéis tornaram-se verdadeiros actores da cena internacional.
Hoje, as folhas da coca continuam a crescer na América do Sul e a ser tratadas em laboratórios clandestinos, com toda a espécie de químicos, até se conseguir o produto final. Milhares de milhões de euros circulam todos os dias em sentido contrário ao das toneladas despachadas - em contentores, camiões, barcos e no interior do corpo das 'mulas' (pessoas pagas para transportar pequenas quantidades de droga). Nos mercados de destino, mistura-se a coca com pó de talco, açúcar, vitima C, leite em pó. Nova entrega, mais dinheiro. Que depois falta, sem poder faltar, a quem compra. Mas parece que toda a gente compra e por isso é preciso comprar mais e mais. Mesmo que não haja dinheiro, haverá sempre uma solução.
Xana coça o queixo e tosse. A linha que escolheu naquele sábado era igual à do lado. E às outras duas mais ao lado. Começava na tal sala, com a melhor amiga e os dois rapazes mais velhos, por entre gargalhadas e conversas parvas. Depois vinham as festas, os desfiles, os anúncios na televisão, os concertos, a sua banda, as festas, a fama. Como é que eu, Xana, rapariga bonita, deixei escapar o mundo por entre as mãos?
(Este artigo foi publicado da Revista Única de 21 de Novembro)

Pais galinha: cuidado com o exagero!

Querer o melhor para os filhos parece ser o mais correcto para quem quiser ser considerado um bom pai ou uma boa mãe. Mas há que ter cuidado, caso contrário, o desejo pode se transformar numa obsessão.
Bolos macrobióticos, meias anti-alérgicas, explicadores para corrigiram uma deficiência na forma de segurar os lápis por crianças de cinco anos são apenas alguns exemplos de cuidados questionáveis. Um fenómeno crescente e que não fez distinção de idades, raças ou zonas de origem, afirma a revista "Time".Os pais ficaram tão obcecados com a segurança e o sucesso dos seus filhos que esta tendência acabou por se transformar num produto. Há pais que solicitam às creches que dêem aulas de Mandarim, "porque nunca é cedo de mais para preparar-se para a competição que caracteriza uma economia global". Há professores de liceus norte-americanos que recebem cartas de pais furiosos, protestando contra uma nota mais baixa num exame e jovens que chegam às universidades à beira de um ataque de nervos perante a menor hipótese de um eventual falhanço.
Conforme cresceu a preocupação geral de alguns pais-galinha, alguns heréticos, segundo a "Time", tentaram manter-se à parte da tendência. Lenore Skenazy, por exemplo, pode ser encontrada no Google através da expressão "a pior mãe da América" e recebeu esta classificação porque certo dia deixou o seu filho de nove anos andar sozinho no metro de Nova Iorque.
Educada na reputada Universidade de Yale, Skenazy decidiu lançar o blogue "Free Range Kids: Giving Our Children the Freedom We Had Without Going Nuts With Worry", qualquer coisa, em tradução livre, como "Crianças livres: dar liberdade aos miúdos sem enlouquecer com a preocupação". A argumentação é de que não há razão para que, pais, que foram educados indo a pé até às suas escolas, tenham ficado obcecados com a segurança dos filhos no caminho entre a casa e os estudos. "Estamos a infantilizar as nossas crianças até à incompetência delas", afirma Skenazy.O sofrimento dos pais já é tal, relata a "Time", que há alguns a tirarem fotografias dos seus filhos diariamente quando estes saem de casa para a escola porque, em caso de sequestro, a polícia terá uma "fotografia recente" das crianças, com as roupas usadas a cada dia. Assim como os pais que se recusam em vacinar as crianças contra a gripe A com medo dos eventuais efeitos colaterais.
A geração de pais nascidos depois de 1964, que demorou mais a casar e a ter (pouquíssimos) filhos, é a mais afectada por esta tendência de "overparenting", como se afirma em Inglês. Mas as trincheiras contra este comportamento já estão a ser erguidas. O sítio honestbaby.com vende t-shirts com a inscrição "eu vou andar quando eu estiver preparado" e há uma série de páginas na Internet e livros que tentam restabelecer algum equilíbrio na ralação entre pais e filhos.
Está, portanto, a surgir uma espécie de movimento que assegura aos pais a possibilidade de discordarem da norma geral, politicamente correcta, e de procurarem os seus próprios caminhos educativos. Kim John Payne, por exemplo, é a autora do livro "Paternidade Simples" e defende, entre outras medidas, um número mais reduzido de brinquedos. Afirma, segundo a "Time", que cada criança americana tem em média 150 brinquedos e pode ter até menos 75% e continuar a ser feliz. Desta forma, seria possível dar maior uso à criatividade infantil, sobretudo, se a ocupada agenda das crianças incluir intervalos apenas para as brincadeiras.
O artigo da revista recorda o conselho do escritor britânico D.H. Lawrence, em 1918: "Como começar a educar uma criança. Primeira regra: deixe-a sozinha. Segunda regra: deixe-a sozinha. Terceira regra: deixe-a sozinha. Este é o começo". E o aparte da jornalista: "Claro que é fácil para ele dizer. Ele não teve crianças". Fica a dúvida: será possível aligeirar o peso da paternidade? (Expresso Digital)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Mulheres: 26 morreram desde o início do ano vítimas de violência doméstica - UMAR

Vinte e seis mulheres foram assassinadas desde o início do ano e 43 foram vítimas de tentativa de homicídio. A maioria foi morta pelos companheiros, maridos ou namorados, revelam dados do Observatório de Mulheres Assassinadas (UMAR).
Na véspera do Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre a Mulher, que se assinala quarta-feira, a UMAR refere que houve ainda uma vítima mortal associada a este crime e 23 das 43 vítimas de tentativas de homicídio ficaram feridas.
Em 2008 tinham sido assassinadas 43 mulheres, o número mais alto desde 2004.
"De acordo com a fonte, Agência de Notícias de Portugal, S.A (Lusa)"

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Campanha do Laço Branco

No dia 6 de Dezembro de 1989, um rapaz de 25 anos chamado Marc Lepine invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, Canadá. Ordenou que os rapazes, que eram aproximadamente 48, se retirassem da sala, permanecendo somente as raparigas. Começou a atirar indiscriminadamente sobre elas enquanto lhes gritava “Vocês são todas feministas”. Morreram 14.
Para ‘coroar’ este acto hediondo, Marc Lepine suicidou-se. Deixou uma carta onde se vangloriava do que tinha planeado fazer porque não suportava a ideia de ver mulheres a estudar Engenharia, um curso tradicionalmente dirigido exclusivamente a homens e no qual tinha sido recusado.
O crime mobilizou a opinião pública de todo o Canadá, gerando amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência gerada por esse desequilíbrio social. Assim, um grupo de homens decidiu organizar-se para reconhecer que existem homens que cometem a violência contra a mulher, mas para afirmar que também existem aqueles que repudiam essa violência. Assim lançaram uma campanha para demonstrar que eram contra a violência contra a mulher e iniciaram a Campanha do Laço Branco (White Ribbon Campaign), distribuindo cerca de 100.000 laços entre os dias 25 de Novembro e 6 de Dezembro. O dia 25 de Novembro foi proclamado pelo UNIFEM - Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, Dia Internacional de Erradicação da Violência contra a mulher.
Esta campanha foi posteriormente implementada noutros países como Índia, Japão e Vietname, Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Espanha, Bélgica, Alemanha, Inglaterra e Portugal, Namíbia, Quénia, África do Sul, Marrocos, Israel, Austrália e Estados Unidosonde organizações de protecção dos direitos das mulheres têm trabalhado em parceria com a UNIFEM.

É neste contexto que manifestamo-nos contra a natureza destes actos, usando o Laço Branco.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Dia Mundial do Não Fumador


E tu, no dia 17 de Novembro, Dia Mundial do Não Fumador, vais festejar?
O hábito de fumar é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumadores. E, dizem as estatísticas que os jovens começam a fumar cada vez mais cedo e, uma vez que iniciam, é muito complicado deixarem de fumar, pois é viciante. Portanto o melhor a fazer é não experimentar e não cair nas teias deste vício, porque depois pode ser tarde demais…
A doença mais vulgar associada ao consumo do tabaco é o cancro. Este pode ocorrer não apenas nos pulmões, mas também na laringe, na faringe ou na boca. Os problemas respiratórios também se agravam, podendo surgir bronquites crónicas ou enfisemas, e ficando os fumadores mais susceptíveis de apanhar constipações.
E se estas doenças não te dizem nada, porque achas que são doenças a longo prazo e que tu, quando quiseres consegues parar, ou que só acontece aos outros pois então eu falo-te dos malefícios a curto prazo, nomeadamente sobre beleza. Sabes que o tabaco deixa a pele seca, provoca um envelhecimento precoce, deixa mau hálito e deixa os dentes amarelos? Para além disso, um maço de cigarros está cada vez mais caro e, a não ser que tenhas uma substancial mesada, porque não gastar o teu dinheiro em algo bem melhor?! Pensa nisso…
Se ainda ficaste com dúvidas, ou pretendes mais informações sobre este tema, dá uma vista de olhos neste site: http://pt-pt.help-eu.com

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O Bullying

O bullying é um comportamento que se caracteriza pela ameaça ou agressão.
O bullying é um comportamento que se caracteriza pela ameaça ou agressão (psicológica ou verbal) de forma intencional e repetida e que ocorre sem motivação evidente.
Este comportamento é praticado por um sujeito (designado de bully - valentão) ou por um grupo de sujeitos, com o objectivo de intimidar ou agredir outro sujeito ou grupo de sujeitos. É perpetado por crianças ou jovens que têm, por qualquer motivo, mais força e poder que a vítima.
A escola é um dos lugares onde o bullying é praticado com frequência, uma vez que neste espaço convivem diariamente crianças e/ou adolescentes. Pode ocorrer dentro ou fora da escola, em zonas onde a supervisão adulta é mínima ou inexistente e não está restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana.
O bullying é um problema grave que acontece todos os dias, um pouco por todo o mundo, e que pode levar a vítima à depressão, à perda de auto-estima e, em último caso, ao suicídio conhecido por "bullycide".
Para saber mais, podes consultar: http://www.violencia.online.pt/

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Educação e Formação

Um dos aspectos importantes no trajecto escolar de um adolescente prende-se com a definição da sua vida futura no âmbito profissional. O 9ºano de escolaridade assume-se como a primeira altura em que o jovem tem realmente de decidir qual a área predominante de estudo nos próximos anos de aprendizagem. Por esse motivo, aconselha-se que nesta altura o aluno faça provas de orientação vocacional, que o ajude a esclarecer dúvidas e a tomar uma decisão mais madura e consciente.
Existem alunos que desde muito cedo manifestaram interesse por uma determinada área, e começam a esboçar um percurso mais linear, tornando-se eventualmente profissionais realizados. No entanto, um jovem que sempre soube aquilo que quis não é necessariamente o mais bem sucedido. As dúvidas, os receios ou mesmo os erros nas escolhas fazem parte de uma aprendizagem e de um processo de evolução característico de qualquer ser humano e que atinge uma maior intensidade na fase da adolescência, por ser característica de enormes mudanças físicas e emocionais num curto espaço de tempo. Assim, se um jovem está muito indeciso relativamente ao seu futuro e prolonga a sua decisão, isso não é sinónimo de fracasso ou desinteresse no futuro e pode junto dos pais e/ou professores procurar profissionais especializados que certamente o saberão ajudar e orientar nesta fase importante da sua vida. Pode ainda obter informações no portal do Instituto Português da Juventude, através do endereço electrónico a seguir indicado: http://juventude.gov.pt/Portal/EducacaoFormacao/

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Alimentação Cuidada = Mente Sã e Corpo São

No passado dia 16 de Outubro, Dia da Alimentação, não poderíamos deixar passar em branco este tema tão importante! De facto, é extremamente necessário mantermos uma alimentação equilibrada, variada e colorida, durante toda a nossa vida, tal como nos indica a Roda dos Alimentos. E, por seres jovem/adolescente, não penses que ainda é muito cedo para pensares nestas coisas até porque o teu corpo está em crescimento e para que este cresça com normalidade, é necessária uma saudável alimentação:
  • Tomar sempre o pequeno-almoço ao levantar, fazendo cerca de 5 a 6 refeições diárias;
  • Evitar o consumo de cafeína, refrigerantes e dar preferência a água, chá e sumos naturais;
  • Reduzir ao máximo a ingestão de alimentos açucarados (bolos, chocolates…), bem como gorduras e salgados (batatas fritas, fast-food…);
  • Seguir esta linha de ordem: cozidos -» grelhados -» estufados e assados -» fritos (raramente);
  • Dar preferência a frutas, legumes, ao peixe e a carnes brancas.
  • Aliado a bons hábitos alimentares, deve estar o exercício físico moderado. Jogar futebol, dançar, andar de bicicleta, caminhar… tenta fazer destas actividades tão divertidas, uma rotina no teu dia-a-dia. Vais ver que, para além de estares bem alimentado e saudável, sentir-te-ás também cheio de vitalidade.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Educação sexual obrigatória nas escolas a partir de Setembro

Já a partir de Setembro, a educação sexual será aplicada nos estabelecimentos de ensino básico e secundário. Embora não seja transformada numa disciplina, a educação sexual vai ser obrigatória e a carga horária será adaptada a cada nível de ensino e a cada turma: 1º e 2º ciclos do ensino básico = não inferior a 6 horas distribuídas de forma equilibrada pelos diversos períodos do ano lectivo; 3º ciclo do ensino básico e secundário = não inferior a 12 horas distribuídas de forma equilibrada pelos diversos períodos do ano lectivo.

De acordo com a Lei n.º 60/2009, publicada no Diário da República de 06/08/09, independentemente da transversalidade do tema a outras disciplinas, a educação sexual integra-se no âmbito da educação para a saúde, em termos ainda a regulamentar pelo Governo. A nova lei tem por objectivos, entre outros: valorizar a sexualidade e afectividade entre as pessoas no desenvolvimento individual, respeitando o pluralismo das concepções existentes na sociedade portuguesa; reduzir consequências negativas dos comportamentos sexuais de risco, tais como a gravidez não desejada e as infecções sexualmente transmissíveis; o respeito pela diferença entre as pessoas e as diferentes orientações sexuais; valorizar uma sexualidade responsável e informada.

Aqui podes consultar o diploma.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Preservativo Eficaz na Prevenção do Herpes Genital

Uma análise feita a seis estudos publicados recentemente na PubMed (serviço de informação bibliográfico), comprovam a eficácia do preservativo na prevenção da infecção por Herpes Genital Simplex do tipo 2 (VHS-2).
Ao fazer uma análise comparativa dos dados publicados, os autores chegaram à conclusão de que os participantes nos diversos estudos que usaram preservativo de forma regular apresentavam menos de 30% de risco de contrairem o VHS-2 e, por outro lado, as práticas sexuais desprotegidas fizeram aumentar significativamente o diagnóstico de infecção.
O artigo está publicado na revista Archives of Internal Medicine, 2009, 169(13):1233-1240)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Namoro Violento Não é Amor

Becky tem 17 anos, é inteligente, divertida e quer ser humorista. Entretanto, conhece Kip, atraente e apaixonado, que se preocupa com cada detalhe da sua vida. Aos poucos, aquilo que parecia um amor escaldante torna-se uma prisão: Kip controla todos os passos da namorada, corta a sua relação com os amigos, persegue-a, e quando começa a agredi-la fisicamente, Becky toma consciência de que a paixão pode não ser aquilo que pensava. Só que o caminho para se libertar de um namorado possessivo é mais longo do que ela pensava – aliás, é muito parecido com a libertação de um vício – e a ajuda da família e dos amigos vai ser imprescindível.
Esta é a história de milhares de adolescentes por esse mundo fora! É, cada vez mais, a realidade dos jovens portugueses. Segundo um estudo desenvolvido por investigadoras da Universidade do Minho, um em cada quatro jovens, com idades entre os 13 e os 29 anos, reconheceu ter sido vítima de comportamentos abusivos. E estes dados espelham uma situação muito semelhante nos Estados Unidos e no resto da Europa.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

São números que dão que pensar, por isso, protege-te!

Seis mil jovens dos 15 aos 24 anos são infectados pelo vírus da Sida em todo o mundo.
A SIDA é provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), que penetra no organismo por contacto com uma pessoa infectada. A transmissão pode acontecer de três formas: relações sexuais; contacto com sangue infectado; de mãe para filho, durante a gravidez ou o parto e pela amamentação. ´
Em Portugal, o primeiro caso de Sida foi detectado em 1983, no Hospital Curry Cabral - num homem que já apresentava sintomas da última fase da infecção com VIH - e comprovado através de um exame realizado na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
Segundo estimativas para Portugal, do Programa Conjunto das Nações Unidas para a Infecção VIH/sida (ONUSIDA), existirão no país cerca de 32 mil pessoas infectadas, entre os indivíduos do grupo etário dos 15-49 anos.
Em Portugal as taxas de novos diagnósticos de infecção VIH são as maiores da Europa.
Os toxicodependentes continuam a liderar as causas de transmissão, seguida pela heterosexualidade e homo/bisexualidade, o que contraria a ideia errada de que a Sida é a doença das prostitutas e dos homosexuais.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Confidencialidade

Olá, no seguimento da questão que colocaste, parece-nos uma situação demasiado pessoal. No entanto, se permitires que seja publicada (ficará visivel a qualquer visitante do blogue) e terás a nossa resposta nos mesmos moldes. Podes também, contactar-nos pessoalmente na Associação de Moradores do Complexo Habitacional de Ringe ou através do contacto telefónico (252 873 668). Podes ainda enviar o teu contacto que nós entraremos em contacto contigo. Para estas questões que nos parecem mais delicadas, podes também utilizar o seguinte e-mail: injovem@gmail.com.
Aos bloggers "Afonso Maia" e "Anjo Sabonete".
Ficamos à vossa espera!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Tabagismos

Tabagismo significa abuso de tabaco. É o vício de fumar regularmente um número considerável de cigarros, cigarrilhas, charutos ou tabaco de cachimbo. Fumar predispõe para o cancro do pulmão e outros, bronquite e enfisema pulmonar, úlcera gastroduodenal, doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais. As mulheres fumadoras grávidas podem prejudicar o desenvolvimento e a viabilidade do feto. Os fumadores também prejudicam a saúde dos não fumadores junto de quem vivem, que acabam por ser fumadores contra vontade ("fumadores passivos").

Efeitos do tabaco no ser Humano:
-No aparelho respiratório, 90% dos cancros são devidos ao tabaco.
-No aparelho circulatório, a angina de peito, o enfarte do miocárdio, a hipertensão arterial e o acidente vascular cerebral são algumas das doenças mais frequentes.
-Na área otorrinolaringológica, 65% dos cancros da boca são devidos ao tabaco bem como a diminuição do olfacto e tendência para rouquidão.
-No aparelho urinário, o tabaco pode provocar cancro da bexiga.
-Ao nível sanguíneo, provoca alterações da coagulação.
-Na mulher, o tabaco aumenta o risco de cancro do colo do útero e em combinação com a toma da pílula contraceptiva, aumenta o risco de trombose venosa.
-No recém-nascido, o tabagismo da mãe aumenta o risco de malformações, parto prematuro, baixo peso ao nascer e síndrome da morte súbita.

Calcula-se que cerca de dois milhões e meio de pessoas morrem anualmente em todo o mundo, devido ao tabaco. Por isso, a Organização Mundial de Saúde propõe a luta, por todos os meios, contra esta autêntica epidemia dos tempos modernos.

AVISO

Caros bloggers, uma vez que nos temos deparado com inúmeros comentários referentes a informações já postadas, aconselhamos que antes de colocarem o vosso comentário/dúvida, consultem as informações já disponíveis, em particular comentários referentes aos métodos contraceptivos - Preservativos Masculino e Feminino.
Após a leitura, caso fiquem com alguma dúvida podem então deixar o vosso comentário.
Continuamos a contar com a vossa colaboração!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Preservativo Masculino

É o método contraceptivo mais utilizado em todo o mundo, que ajuda não só o planeamento familiar como evita também a transmissão de diversas doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). É feito de latex ou poliuretano e geralmente vem já lubrificado, existindo em várias cores, aromas e tamanhos.
Vantagens:
- de fácil aquisição;
- é o método ideal para relações ocasionais ou imprevistas;
- pode ser utilizado sem contra-indicações;
- é o único método contraceptivo que reduz a incidência de doenças como a sida e a gonorreia;
- se for utilizado correctamente tem uma taxa de eficácia de cerca de 90%.
Desvantagens:
- se for mal aplicado ou utilizado mais de uma vez pode romper;
- diminui a sensibilidade dos orgãos genitais;
- como é de utilização única o custo de cada preservativo não é um factor a esquecer, apesar de que em Portugal podes encontrá-lo gratuitamente nos Centros de Saúde.

Colocação correcta do preservativo:
Em primeiro lugar, verificar a data do preservativo na caixa ou na embalagem. Não se deve utilizar se já não estiver dentro do prazo de validade pois pode romper-se mais facilmente.
A abertura da embalagem deve ser feita cuidadosamente num dos lados, evitando a abertura com dentes e unhas, o que poderia causar a ruptura do preservativo.
O homem deve apertar levemente a extremidade do preservativo para evitar o acúmulo de ar nesta região. As bolsas de ar podem romper um preservativo facilmente.
Deve-se verificar o lado correcto do preservativo antes de desenrolá-lo. O preservativo deve ser colocado na ponta do pénis erecto.
O preservativo deve ser desenrolado sobre o pénis, até a base.
Antes de começar a relação sexual, é recomendável testar se o preservativo não está “largo" no pénis.Nunca se deve utilizar o mesmo preservativo mais do que uma vez. Cada relação sexual necessita de um novo preservativo.
O preservativo deve ser retirado do pénis logo após a ejaculação. Segurar o preservativo enquanto retira o pénis da vagina evita que o sémen saia do pénis.



quinta-feira, 14 de maio de 2009

Preservativo Feminino

A Coordenação Nacional para a Infecção HIV/Sida e a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género lançaram uma campanha nacional que visa incentivar o uso do preservativo feminino, que chegou a estar à venda nas farmácias portuguesas mas saiu de circulação por não ter tido procura.
"Pretendemos primeiro dar a conhecer o preservativo feminino e salientar que ele é uma alternativa para as mulheres poderem garantir a sua protecção e a pervenção de risco de doenças sexualmente transmissíveis, nomeadamente a VIH/Sida", destacou Beatriz Casais, da Coordenação Nacional para a infecção VIH/Sida, citada pela Lusa.
A ideia é, assim, levar as mulheres a adoptar "uma nova atitude", mostrando-lhes que o uso daquele método anticonceptivo dá-lhes mais controlo e poder, sendo eficaz na prevenção da Sida. "Quandoa mulher está limitada ao preservativo masculino na negociação com o parceiro, tem que pedir para usar. Assim, a decisão é dela", destaca Beatriz Casais.
Podes retirar mais dúvidas consultando o seguinte endereço electrónico: http://www.aidscongress.net/pdf/212.pdf




quarta-feira, 13 de maio de 2009

O que é a Adolescência?

Segunda Anna Freud, filha de Sigmund Freud, dá-nos a sua opinião do que é "ser adolescente":
"É normal que o adolescente se comporte de maneira inconsciente e imprevisível. Lutar contra os seus impulsos e aceitá-los; amar os seus pais e odiá-los; ter vergonha de os assumir perante outros e querer conversar com eles; identificar-se e imitar os outros enquanto procura uma identidade própria. O adolescente é idealista, artístico, generoso e altruísta, como jamais o será novamente, mas também é o oposto: egoísta, calculista, egocêntrico."
É verdade que ser-se adolescente não é tarefa fácil (sobretudo nos dias que correm), é uma fase bastante conturbada, repleta de mudanças quer físicas, quer psicológicas que não podemos, de todo, controlar. No entanto, o facto de se ser adolescente não desculpabiliza algumas das asneiras que podemos cometer durante esta época.
Aqui fica, a nosso ver, aquilo que inevitavelmente acontece no acto de adolescer e aquelas coisas que podem ser evitadas:
  • Adolescência Normal e Inevitável:
    · mudanças físicas (mudanças corporais e transformação do corpo infantil em corpo de adulto)
    · mudanças psicológicas e sociais (flutuações de humor, novos vínculos, fantasias/sonhos…)
    · amizades coloridas, curtir, namoro, busca de sensações prazerosas
    · maiores afinidades com amigos (grupo de pares) do que com os pais
    · sentimentos confusos, muitas dúvidas e, por vezes, atitudes contestatárias
    · vontade de estar sozinho/a
    · problemas com o corpo
    · possuir mais liberdade (o que pressupõe que sejas mais responsável)
  • Adolescência evitável e comportamentos de risco
    · toxicodependência/delinquência/alcoolismo/tabaco (só entras neste mundo, se quiseres)
    · má alimentação e dietas loucas (não só não emagreces, como podes deformar o teu corpo, ao privá-lo de alimentos necessários)
    · relações sexuais não protegidas (usa preservativo! Sê adulto!)
    · fugir de casa (como se os teus maiores problemas estivessem em casa. Errado! Regra geral, o perigo está fora da esfera familiar)
    · abandono dos estudos (estudar nem sempre é fácil e apetecível; mas se não vais estudar, o que vais fazer?)
    · baixa auto-estima/depressão.

Por isso não te esqueças: Ser adolescente é aproveitar a vida, sem comprometer o futuro!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Dois terços das pessoas infectadas pelo VIH no mundo (cerca de 33 milhões) vive no Continente Africano

A disponibilização e o uso de preservativos têm um papel fundamental na prevenção do VIH/SIDA e nos esforços de muitos países, agências das Nações Unidas e ONG para travar esta
pandemia. A prevenção é a resposta mais global e efectiva. Os preservativos são parte integral e essencial dos programas de prevenção e cuidados de saúde, cuja efectiva promoção deve ser incrementada e acelerada, em cumprimento também do direito à protecção e promoção da saúde e dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. De acordo com os dados da ONUSIDA, OMS e UNFPA, em 2007 registaram-se cerca de 2,7 milhões de novas infecções por VIH e destas, cerca de 45% em jovens entre os 15 e os 24 anos, estando as raparigas em maior risco. Em 2008 cerca de 22 milhões de pessoas com VIH viviam em Africa onde se registaram 1,9 milhões de novas infecções. Num documento, divulgado por estes organismos das Nações Unidas, refere ainda que o preservativo masculino é ainda hoje a ’tecnologia’ mais eficaz para reduzir a transmissão do VIH e outras infecções sexualmente transmissíveis …e que tem de estar disponível universalmente quer gratuitamente quer a baixo custo ao mesmo tempo que devem ser derrubados os obstáculos sociais e individuais ao seu uso.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

12-year-old speaks out on the issue of abortion

Este vídeo está a causar polémica do outro lado do Atlântico. Lia, uma rapariga de 12 anos, quis participar num concurso na sua escola e para tal tinha de escolher um tema de discussão. Decidiu falar sobre a defesa da vida. Foi aconselhada pela professora a escolher outro tema, mas manteve-se firme e disse que ou falava sobre aquele, ou não participaria. Por fim, deixaram-na participar e defendeu tão bem a sua causa que mesmo aqueles que estavam contra não conseguiram descredibilizá-la. A própria mãe dela ficou surpreendida com esta escolha e também tentou dissuadi-la, apesar de depois lhe ter dado o seu apoio. Inicialmente, o júri do concurso pensou desqualificá-la, mas acabou por ter de lhe dar a nota máxima. Aqui está o vídeo que ela fez em casa (penso que antes do concurso) como forma de treino para a exposição oral no concurso. Muito bom!
http://www.youtube.com/watch?v=wOR1wUqvJS4

A interrupção da gravidez (aborto) pode ser espontânea, isto é, sem intenção ou sem intervenção médica, pode ocorrer devido a diversos problemas, ou pode ser voluntária. Neste caso, só pode ser feita até às 10 semanas de gestação. Uma interrupção voluntária da gravidez (IGV) nunca é uma coisa banal, pois implica não somente o físico mas também os aspectos psicológicos e os sentimentos da mulher. Do ponto de vista médico, não se trata de uma intervenção perigosa, quando efectuada em boas condições. Mas em termos psicológicos pode mexer muito contigo. Se precisas de mais esclarecimentos, se tens muitas dúvidas, procura-nos!

Aviso muito urgente pílula YASMIN

Você toma ou conhece alguém que toma? então...
VOCÉ PODE AJUDAR A SALVAR A VIDA DA SUA ESPOSA, DA SUA IRMÃ, DA SUANAMORADA, AMIGA, CONHECIDA E ATÉ A SUA.... É SIMPLES... BASTA LER COM ATENÇÃO E PASSAR A INFORMAÇÃO ADIANTE!

Bem, estou aqui hoje para falar um pouco do meu caso, que alguns de vocês não sabem, mas seria interessante ficarem atentos, pois tenho visto a acontecer diversas vezes. Aos 25 anos, dois anos atrás, tive um derrame cerebral com três tromboses venosas, ou seja, três coágulos na cabeça.
Descobri em 03 de Outubro de 2004, porque a dor era muito intensa, inclusive chegava a desmaiar e ter vómitos, com dores horríveis. Achei, no início que era uma crise de enxaqueca, principalmente quando estava setressada e com bastante trabalho, o que era o caso.

Resumindo, o maior vilão dessa história toda foi a pílula anticoncepcional,Yasmin (ler o folheto informativo actualizado). Ao longo de toda a minha vida evitei tomar esses minúsculos comprimidinhos por causa da retenção e do inchaço que sempre me deram, mas a YASMIM era tão favorável, tão de alta-tecnologia que resolvo seguir o conselho do meu obstetra. Tomei YASMIN após amamentar o meu segundo filho e por apenas 6 meses os malditos comprimidinhos fizeram tamanho estrago!

Até hoje faço tratamento para as tromboses e a minha qualidade de vida que era 90%, hoje é apenas 10%. Durante estes dois anos vivi dopada de remédios anticoagulantes. Já fiz todos os exames possíveis e imagináveis com os melhores médicos do mundo, nos melhores hospitais. Não tenho heranças genéticas que possam ter me causado derrames, tromboses ou qualquer acidente vascular, o que prova que foi realmente o uso da pílula Yasmim que acarretou toda a doença. Por sorte não tive paralisia facial ou de membros, não perdi a visão, mas já fiquei a saber através dos meus médicos neurologistas que têm surgido diversos casos de meninas de 17, 19 anos a usar as PÍLULAS DIANE35 e YASMIM com trombose pulmonar, trombose no fígado e muito raramente trombose nas pernas...

Não existe publicidade a mencionar os riscos que as pílulas trás para nós. Mas nós podemos fazer a nossa parte!!!

CONSULTEM SEMPRE O VOSSO MÉDICO DE FAMÍLIA!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Reino Unido alerta para relação entre cannabis e doenças mentais

O governo britânico lança, a partir desta segunda-feira, uma campanha para alertar as crianças e e jovens para os riscos do consumo de cannabis.
A campanha, no valor de dois milhões de libras (cerca de 2,2 milhões de euros), vai englobar a televisão, rádio e Internet. A mensagem é a de que a cannabis não é uma droga segura e que tem ligações a problemas de saúde mental, como a paranóia e a esquizofrenia.
“Cannabis é uma droga destrutiva. O que pode começar com alguns sorrisos e o fazer parte do grupo acarreta sérios riscos. A longo prazo, pode levar a problemas de saúde”, avisou o ministro da Saúde Pública britânico, Dawn Primarolo.
“Os jovens precisam de saber que a cannabis não é uma droga leve. Precisam de estar conscientes dos riscos que correm.”
No último mês, o governo britânico modificou a classificação da cannabis, tornando-a uma droga de classe B, um nível acima da classificação anterior. Desta forma, a cannabis fica classificada a par das anfetaminas e barbitúricos. Os utilizadores podem enfrentar cinco anos de cadeia e os fornecedores podem ser condenados a penas até 14 anos.
Os números mostram que a cannabis é a droga ilegal mais usadas pelas crianças entre os 11 e os 15 anos e é usada por quase 18% dos jovens entre os 16 e os 24 anos.
A campanha visa mostrar que a cannabis pode transformar os utilizadores de comunicativos e relaxados a paranóicos. Em alguns casos, o uso regular da droga pode danificar os pulmões, o sistema reprodutivo e levar ao desenvolvimento de esquizofrenia.
“As provas apontam para que o uso de cannabis leva à psicose em algumas pessoas, particularmente nos utilizadores regulares, disse à agência Reuters Louis Appleby, o director nacional dos Serviços de Saúde Mental britânicos.