segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Campanha do Laço Branco

No dia 6 de Dezembro de 1989, um rapaz de 25 anos chamado Marc Lepine invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, Canadá. Ordenou que os rapazes, que eram aproximadamente 48, se retirassem da sala, permanecendo somente as raparigas. Começou a atirar indiscriminadamente sobre elas enquanto lhes gritava “Vocês são todas feministas”. Morreram 14.
Para ‘coroar’ este acto hediondo, Marc Lepine suicidou-se. Deixou uma carta onde se vangloriava do que tinha planeado fazer porque não suportava a ideia de ver mulheres a estudar Engenharia, um curso tradicionalmente dirigido exclusivamente a homens e no qual tinha sido recusado.
O crime mobilizou a opinião pública de todo o Canadá, gerando amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência gerada por esse desequilíbrio social. Assim, um grupo de homens decidiu organizar-se para reconhecer que existem homens que cometem a violência contra a mulher, mas para afirmar que também existem aqueles que repudiam essa violência. Assim lançaram uma campanha para demonstrar que eram contra a violência contra a mulher e iniciaram a Campanha do Laço Branco (White Ribbon Campaign), distribuindo cerca de 100.000 laços entre os dias 25 de Novembro e 6 de Dezembro. O dia 25 de Novembro foi proclamado pelo UNIFEM - Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, Dia Internacional de Erradicação da Violência contra a mulher.
Esta campanha foi posteriormente implementada noutros países como Índia, Japão e Vietname, Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Espanha, Bélgica, Alemanha, Inglaterra e Portugal, Namíbia, Quénia, África do Sul, Marrocos, Israel, Austrália e Estados Unidosonde organizações de protecção dos direitos das mulheres têm trabalhado em parceria com a UNIFEM.

É neste contexto que manifestamo-nos contra a natureza destes actos, usando o Laço Branco.

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