quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Cocaína: Histórias de quem vive no fim da linha

A cocaína tem uma áurea de glamour que continua a atrair jovens a consumi-la. Mas quem sofreu na pele os efeitos da droga da moda tem uma visão negra deste vício.
O cabelo castanho ondulado está preso atrás da cabeça e seguro por alguns ganchos. Há base a mais no rosto, mas não chega para disfarçar as borbulhas, principalmente nas bochechas. Um brinco enorme cai da orelha direita e roça o longo cachecol escuro que cai até aos joelhos. Quando se senta e cruza as pernas, recostando-se no sofá à procura de descanso, uma das botas castanhas fica suspensa no ar e a outra firme no chão. Os olhos azuis também parecem flutuar, como se num momento estivessem ali, naquela sala com vista para a serra, e no outro já não. Acabou de coçar o queixo e tossiu um pouco. Como é que eu, Xana, rapariga bonita que teve o mundo ao alcance das mãos, cheguei aqui?
O caminho seria sempre o mesmo, estivesse o mapa aberto sobre uma mesa ou apertado nas costas de um punho fechado. É uma linha recta que se percorre em corridas rápidas, cada vez mais frequentes e cada vez mais rápidas, ficando cada vez mais longe do ponto de partida sem, porém, estar mais perto do ponto de chegada. Uma estrada para lugar nenhum na qual se move uma massa de corredores solitários, pouco preocupados com quem vai ao lado. No último mês, de acordo com Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), um milhão e meio de pessoas tirou bilhete de ida nessa viagem chamada cocaína.
O primeiro passo
O primeiro passo é um gesto simples, tão simples como inspirar com força. O pó branco chega rapidamente à garganta, a droga entra na corrente sanguínea e os efeitos sucedem-se no espaço de segundos: os nervos perdem a capacidade de propagar impulsos, (anestesia) e as sensações desaparecem - como se o corpo flutuasse fora dele próprio. Ao mesmo tempo, explica o médico Miguel Franco, do Instituto Nacional de Medicina Legal, a droga bloqueia a recaptação de três neurotransmissores - a norepinefrina, a dopamina e a serotonina. O primeiro provoca midríase (dilatação das pupilas), vasoconstrição, hipertensão e taquicardia. A dopamina é responsável por uma sensação de euforia, um acréscimo de energia psíquica e por doses acrescidas de excitação sexual e de autoconfiança.
Xana, ainda sentada, reduz a explicação científica a duas frases que, aos 20 anos, já repetiu vezes sem conta . "Sentes-te bem. Capaz de tudo." Se a vida normal fosse uma linha recta (mais uma) num gráfico, o efeito da cocaína estaria vários pontos acima dela, ao contrário do que sucede com a heroína, eternamente no fundo. "Numa sociedade competitiva, em que se trabalha cada vez mais, num ritmo cada vez mais intenso, a cocaína é uma droga cujos efeitos parecem ajustados", reconhece João Pedro Augusto, do centro de tratamento Villa Ramadas. "Não é por acaso que é a droga da moda e que surge sempre associada a algum glamour", comenta Paula Andrade, responsável pelo Núcleo de Redução de Danos do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT).
Num gabinete amplo e com vista para a Praça do Areeiro, em Lisboa, a responsável do IDT não evita um sorriso quando ouve o tema da reportagem. "A cocaína é, talvez, a droga mais difícil de catalogar", assegura. Uma abordagem tímida podia começar mais ou menos assim: pode ser inalada (o que se associa à vida da noite e à diversão), fumada, (com o nome de "free base", uma droga de rua usada por uma população considerada problemática) ou injectada (em conjunto com a heroína). É a segunda droga mais consumida pelos portugueses, no total e entre os jovens adultos, é mais consumida por homens do que por mulheres e o Algarve e Lisboa são as zonas com maiores prevalências de consumo. De acordo com alguns estudos, começam a surgir sinais preocupantes de consumo em festas trance - onde há poucos anos praticamente não existia.
Xana, outra vez. Agora tem 17 anos e é um sábado à tarde. A mãe saiu de casa há três anos, o pai é um toxicodependente em recuperação, a escola corre bem - "eu era óptima aluna e esses problemas com a minha mãe e o meu pai estavam perfeitamente resolvidos". É sábado à tarde e dois amigos mais velhos espalham linhas de cocaína sobre uma mesa. "Não consegui, tive medo." Passou uma semana até ser sábado outra vez. Falou com a melhor amiga e à segunda oportunidade estavam as duas diante da tal mesa. Nessa tarde, o medo não apareceu.
Uma vida aparentemente normal
Miguel, é hora de o apresentar, é dois anos mais velho, mas baixa a cabeça quando Xana fala, como se se ouvisse a si mesmo. E fica ali, com o cabelo oxigenado e as orelhas furadas, no cimo de uma figura toda vestida de preto e de braços cruzados. Começou mais cedo, mas continuou como se fosse normal. "Toda a gente à minha volta consumia. Como trabalhava, e ainda trabalho, nunca me faltou o dinheiro..." Nunca se viu, como um amigo seu, a passar três dias num bairro degradado a pedir 10 cêntimos para comprar uma dose. Mas viu pior, o seu rosto reflectido num espelho. "Tinha a droga à minha frente e já consumia só pela frustração de não conseguir parar de consumir."
Paula Andrade já conhece a história. Conhece piores. Tantas que já poucas a conseguem surpreender. "A cocaína é uma droga gulosa, com efeitos muito curtos", explica. Os técnicos gostam de recorrer à imagem do ioiô para descrever a vida de um consumidor de cocaína - permanentemente entre o alto e o baixo, sem nunca mais voltarem ao ponto inicial. "O resultado é que os consumidores precisam de doses cada vez mais fortes e cada vez mais depressa", resume a técnica do IDT. João Pedro Augusto, do centro de tratamento, prossegue o raciocínio. "Um consumidor de heroína tem um limite a partir do qual entra em overdose. Com a cocaína não é assim. Se a pessoa tiver um quilo", diz, por exagero, "consome um quilo. E não descansa. Está sempre a pensar que precisa de mais, e mais e mais... É muito mais complicado lidar com esta dependência".
Há outro dado importante. Hoje em dia, a maioria dos pacientes que chega a Villa Ramadas com problema de drogas chega com problemas de dependência de cocaína. Portugueses, claro, mas também espanhóis - onde a situação é considerada uma das mais graves da Europa, a par da Inglaterra, gregos, franceses e também dos países nórdicos. O Observatório Europeu estima que pelo menos 13 milhões de pessoas tenham experimentado cocaína. Destes, quatro milhões fizeram-no no último ano. Há vestígios de cocaína na maioria das notas em circulação e análises na Alemanha e em Itália revelaram níveis alarmantes nos principais rios.
Consumo a cair?
Ainda assim, o relatório deste ano do UNODC, organismo das Nações Unidas que monitoriza o tráfico e consumo de droga, admite que o fluxo de cocaína para a Europa pode ter começado a cair. Houve menos apreensões, os preços subiram e o grau de pureza da droga é menor - sinais de que a quantidade disponível é menor. Colômbia, Peru e Bolívia são os países de origem da maior parte da droga apreendida, enquanto a Venezuela, o Equador e o Brasil são os principais pontos de passagem, a par de alguns países africanos. A Guiné-Bissau talvez seja o caso mais conhecido. "A situação é muito grave", desabafa um elemento da PJ sobre o país que, nos últimos dois anos, entrou para a lista negra de todas as polícias do mundo como a principal plataforma giratória no tráfico de cocaína sul-americana a caminho da Europa.
O mesmo responsável da PJ lembra, no entanto, que a queda no fornecimento de cocaína para a Europa não é necessariamente uma boa notícia. "O mercado da droga é global e não há zonas vazias. Nos países do Leste, neste momento, vive-se um problema sério com a heroína. Na Rússia, há cerca de dois milhões de dependentes. Se começa a haver muita pressão sobre o tráfico de cocaína, o mercado vai mudar", analisa. A aula de economia e distribuição prossegue no Areeiro, no gabinete de Paula Andrade, no 5º andar. "A heroína parece estar a ressurgir entre nós. Há cada vez mais, de melhor qualidade e mais barata, o que pode vir a ser um problema." Uma conta simples de fazer, já que a última década tem sido generosa para os plantadores de papoila no Afeganistão. E nem a guerra no país parece capaz de travar a acção das redes de tráfico que, admite a ONU, poderão ter armazenado ópio e heroína suficientes para fornecer o mercado durante dois anos.
José, 56 anos, entende bem o funcionamento do mercado. Por isso, e também graças às companhias certas, nunca precisou de procurar muito para encontrar droga. "Era tão fácil que, quando saí da prisão, mandaram-me um quilo para casa", conta, tranquilo. Foi há 15 anos, quando ainda tinha três carros, conhecimentos, dinheiro para tudo e pouca vontade de parar. Quando ainda não se tinha casado e ainda não era pai. Um dia, para se casar e ter uma filha, decidiu que tinha de parar. "Passei um mês trancado em casa. Quando saí, parecia um esqueleto, parecia que estava morto. Mas não. Estava mais vivo do que nunca." Nesse dia, meteu-se no carro e guiou até ao local onde tinha a droga. Ao fim da tarde, num pinhal, abriu o saco e deixou que o vento levasse milhares de euros de um pó branco em direcção ao mar.
A cocaína pode ter esse efeito, o de tornar incríveis todas as histórias em que surge. Em Outubro de 2006, em Peniche, começaram a dar à costa pacotes de cocaína - resultado de um desembarque mal sucedido ao largo da costa portuguesa. Nos meses seguintes, dois militares da GNR foram presos por desviarem quatro quilos de droga e consumidores de todo o país rumaram à cidade. Cinco anos antes, nos Açores, o mar trouxe carga igual e a cocaína começou a vender-se à chávena. Nesses dias de loucura, um casal de idosos decidiu fritar peixe para o almoço, mas em vez de farinha usou cocaína com um grau de pureza a rondar os 90 por cento. "Um familiar tinha deixado o pacote lá em casa", conta um elemento das equipas de rua.
Como se não houvesse amanhã
Os técnicos que contactam com os toxicodependentes de rua falam de um mundo que não parece real. "Há uma imagem de glamour da coca, sempre associada às classes mais altas", diz Paula Andrade. "Mas há um outro lado, o dos consumidores de 'base', de cocaína fumada, que vive incógnito." A base é preparada a partir da cocaína, aquecendo-a com água e químicos, e é fumada. Os efeitos são semelhantes aos da cocaína, mas ainda mais rápidos e intensos. A probabilidade de uma overdose cresce exponencialmente, tal como sobem as infecções nos brônquios, as paragens respiratórias, as hemorragias cerebrais e os enfartes do miocárdio.
Angel, um espanhol de 39 anos a ser tratado em Portugal, estranha quando tem de olhar para o passado. Fala dele próprio como se fosse outra pessoa, alguém que 'snifava' e fumava cocaína "como se todos os dias fossem o último dia" e alguns estiveram perto de o ser. "Passei a faculdade toda em festa, senti-me várias vezes no fundo, mas, quando acabou, já com alguns tratamentos em cima, abrandei. Quando comecei a trabalhar, meti uma vez e jurei que não o voltaria a fazer. Podia ter jurado qualquer coisa. Era igual. O que me custa agora é não saber como é a vida sem drogas. Os meus colegas de escola têm famílias, filhos, problemas e não precisam da droga." Angel, o espanhol de 39 anos, está à procura de uma segunda oportunidade.
150 anos de cocaína
A data talvez passe despercebida, mas fará 150 anos em 2010 que um investigador da Universidade de Gottingen, no coração da Alemanha, isolou um alcalóide psicoactivo da folha da coca. Albert Niemann usou álcool, ácido sulfúrico, éter e bicarbonato de sódio para criar uma substância a que chamou cocaína. Desde então, foi recomendada por médicos, misturada em vinho (e bebida pela realeza europeia), usada em refrigerantes, apregoada como afrodisíaco e desinibidor de personalidade e objecto de um tratado de Freud (Uber coca). As primeiras restrições ao seu uso surgiram cerca de 1920, nos Estados Unidos da América. O mercado negro cresceu e os cartéis tornaram-se verdadeiros actores da cena internacional.
Hoje, as folhas da coca continuam a crescer na América do Sul e a ser tratadas em laboratórios clandestinos, com toda a espécie de químicos, até se conseguir o produto final. Milhares de milhões de euros circulam todos os dias em sentido contrário ao das toneladas despachadas - em contentores, camiões, barcos e no interior do corpo das 'mulas' (pessoas pagas para transportar pequenas quantidades de droga). Nos mercados de destino, mistura-se a coca com pó de talco, açúcar, vitima C, leite em pó. Nova entrega, mais dinheiro. Que depois falta, sem poder faltar, a quem compra. Mas parece que toda a gente compra e por isso é preciso comprar mais e mais. Mesmo que não haja dinheiro, haverá sempre uma solução.
Xana coça o queixo e tosse. A linha que escolheu naquele sábado era igual à do lado. E às outras duas mais ao lado. Começava na tal sala, com a melhor amiga e os dois rapazes mais velhos, por entre gargalhadas e conversas parvas. Depois vinham as festas, os desfiles, os anúncios na televisão, os concertos, a sua banda, as festas, a fama. Como é que eu, Xana, rapariga bonita, deixei escapar o mundo por entre as mãos?
(Este artigo foi publicado da Revista Única de 21 de Novembro)

Pais galinha: cuidado com o exagero!

Querer o melhor para os filhos parece ser o mais correcto para quem quiser ser considerado um bom pai ou uma boa mãe. Mas há que ter cuidado, caso contrário, o desejo pode se transformar numa obsessão.
Bolos macrobióticos, meias anti-alérgicas, explicadores para corrigiram uma deficiência na forma de segurar os lápis por crianças de cinco anos são apenas alguns exemplos de cuidados questionáveis. Um fenómeno crescente e que não fez distinção de idades, raças ou zonas de origem, afirma a revista "Time".Os pais ficaram tão obcecados com a segurança e o sucesso dos seus filhos que esta tendência acabou por se transformar num produto. Há pais que solicitam às creches que dêem aulas de Mandarim, "porque nunca é cedo de mais para preparar-se para a competição que caracteriza uma economia global". Há professores de liceus norte-americanos que recebem cartas de pais furiosos, protestando contra uma nota mais baixa num exame e jovens que chegam às universidades à beira de um ataque de nervos perante a menor hipótese de um eventual falhanço.
Conforme cresceu a preocupação geral de alguns pais-galinha, alguns heréticos, segundo a "Time", tentaram manter-se à parte da tendência. Lenore Skenazy, por exemplo, pode ser encontrada no Google através da expressão "a pior mãe da América" e recebeu esta classificação porque certo dia deixou o seu filho de nove anos andar sozinho no metro de Nova Iorque.
Educada na reputada Universidade de Yale, Skenazy decidiu lançar o blogue "Free Range Kids: Giving Our Children the Freedom We Had Without Going Nuts With Worry", qualquer coisa, em tradução livre, como "Crianças livres: dar liberdade aos miúdos sem enlouquecer com a preocupação". A argumentação é de que não há razão para que, pais, que foram educados indo a pé até às suas escolas, tenham ficado obcecados com a segurança dos filhos no caminho entre a casa e os estudos. "Estamos a infantilizar as nossas crianças até à incompetência delas", afirma Skenazy.O sofrimento dos pais já é tal, relata a "Time", que há alguns a tirarem fotografias dos seus filhos diariamente quando estes saem de casa para a escola porque, em caso de sequestro, a polícia terá uma "fotografia recente" das crianças, com as roupas usadas a cada dia. Assim como os pais que se recusam em vacinar as crianças contra a gripe A com medo dos eventuais efeitos colaterais.
A geração de pais nascidos depois de 1964, que demorou mais a casar e a ter (pouquíssimos) filhos, é a mais afectada por esta tendência de "overparenting", como se afirma em Inglês. Mas as trincheiras contra este comportamento já estão a ser erguidas. O sítio honestbaby.com vende t-shirts com a inscrição "eu vou andar quando eu estiver preparado" e há uma série de páginas na Internet e livros que tentam restabelecer algum equilíbrio na ralação entre pais e filhos.
Está, portanto, a surgir uma espécie de movimento que assegura aos pais a possibilidade de discordarem da norma geral, politicamente correcta, e de procurarem os seus próprios caminhos educativos. Kim John Payne, por exemplo, é a autora do livro "Paternidade Simples" e defende, entre outras medidas, um número mais reduzido de brinquedos. Afirma, segundo a "Time", que cada criança americana tem em média 150 brinquedos e pode ter até menos 75% e continuar a ser feliz. Desta forma, seria possível dar maior uso à criatividade infantil, sobretudo, se a ocupada agenda das crianças incluir intervalos apenas para as brincadeiras.
O artigo da revista recorda o conselho do escritor britânico D.H. Lawrence, em 1918: "Como começar a educar uma criança. Primeira regra: deixe-a sozinha. Segunda regra: deixe-a sozinha. Terceira regra: deixe-a sozinha. Este é o começo". E o aparte da jornalista: "Claro que é fácil para ele dizer. Ele não teve crianças". Fica a dúvida: será possível aligeirar o peso da paternidade? (Expresso Digital)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Mulheres: 26 morreram desde o início do ano vítimas de violência doméstica - UMAR

Vinte e seis mulheres foram assassinadas desde o início do ano e 43 foram vítimas de tentativa de homicídio. A maioria foi morta pelos companheiros, maridos ou namorados, revelam dados do Observatório de Mulheres Assassinadas (UMAR).
Na véspera do Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre a Mulher, que se assinala quarta-feira, a UMAR refere que houve ainda uma vítima mortal associada a este crime e 23 das 43 vítimas de tentativas de homicídio ficaram feridas.
Em 2008 tinham sido assassinadas 43 mulheres, o número mais alto desde 2004.
"De acordo com a fonte, Agência de Notícias de Portugal, S.A (Lusa)"

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Campanha do Laço Branco

No dia 6 de Dezembro de 1989, um rapaz de 25 anos chamado Marc Lepine invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, Canadá. Ordenou que os rapazes, que eram aproximadamente 48, se retirassem da sala, permanecendo somente as raparigas. Começou a atirar indiscriminadamente sobre elas enquanto lhes gritava “Vocês são todas feministas”. Morreram 14.
Para ‘coroar’ este acto hediondo, Marc Lepine suicidou-se. Deixou uma carta onde se vangloriava do que tinha planeado fazer porque não suportava a ideia de ver mulheres a estudar Engenharia, um curso tradicionalmente dirigido exclusivamente a homens e no qual tinha sido recusado.
O crime mobilizou a opinião pública de todo o Canadá, gerando amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência gerada por esse desequilíbrio social. Assim, um grupo de homens decidiu organizar-se para reconhecer que existem homens que cometem a violência contra a mulher, mas para afirmar que também existem aqueles que repudiam essa violência. Assim lançaram uma campanha para demonstrar que eram contra a violência contra a mulher e iniciaram a Campanha do Laço Branco (White Ribbon Campaign), distribuindo cerca de 100.000 laços entre os dias 25 de Novembro e 6 de Dezembro. O dia 25 de Novembro foi proclamado pelo UNIFEM - Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, Dia Internacional de Erradicação da Violência contra a mulher.
Esta campanha foi posteriormente implementada noutros países como Índia, Japão e Vietname, Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Espanha, Bélgica, Alemanha, Inglaterra e Portugal, Namíbia, Quénia, África do Sul, Marrocos, Israel, Austrália e Estados Unidosonde organizações de protecção dos direitos das mulheres têm trabalhado em parceria com a UNIFEM.

É neste contexto que manifestamo-nos contra a natureza destes actos, usando o Laço Branco.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Dia Mundial do Não Fumador


E tu, no dia 17 de Novembro, Dia Mundial do Não Fumador, vais festejar?
O hábito de fumar é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumadores. E, dizem as estatísticas que os jovens começam a fumar cada vez mais cedo e, uma vez que iniciam, é muito complicado deixarem de fumar, pois é viciante. Portanto o melhor a fazer é não experimentar e não cair nas teias deste vício, porque depois pode ser tarde demais…
A doença mais vulgar associada ao consumo do tabaco é o cancro. Este pode ocorrer não apenas nos pulmões, mas também na laringe, na faringe ou na boca. Os problemas respiratórios também se agravam, podendo surgir bronquites crónicas ou enfisemas, e ficando os fumadores mais susceptíveis de apanhar constipações.
E se estas doenças não te dizem nada, porque achas que são doenças a longo prazo e que tu, quando quiseres consegues parar, ou que só acontece aos outros pois então eu falo-te dos malefícios a curto prazo, nomeadamente sobre beleza. Sabes que o tabaco deixa a pele seca, provoca um envelhecimento precoce, deixa mau hálito e deixa os dentes amarelos? Para além disso, um maço de cigarros está cada vez mais caro e, a não ser que tenhas uma substancial mesada, porque não gastar o teu dinheiro em algo bem melhor?! Pensa nisso…
Se ainda ficaste com dúvidas, ou pretendes mais informações sobre este tema, dá uma vista de olhos neste site: http://pt-pt.help-eu.com

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O Bullying

O bullying é um comportamento que se caracteriza pela ameaça ou agressão.
O bullying é um comportamento que se caracteriza pela ameaça ou agressão (psicológica ou verbal) de forma intencional e repetida e que ocorre sem motivação evidente.
Este comportamento é praticado por um sujeito (designado de bully - valentão) ou por um grupo de sujeitos, com o objectivo de intimidar ou agredir outro sujeito ou grupo de sujeitos. É perpetado por crianças ou jovens que têm, por qualquer motivo, mais força e poder que a vítima.
A escola é um dos lugares onde o bullying é praticado com frequência, uma vez que neste espaço convivem diariamente crianças e/ou adolescentes. Pode ocorrer dentro ou fora da escola, em zonas onde a supervisão adulta é mínima ou inexistente e não está restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana.
O bullying é um problema grave que acontece todos os dias, um pouco por todo o mundo, e que pode levar a vítima à depressão, à perda de auto-estima e, em último caso, ao suicídio conhecido por "bullycide".
Para saber mais, podes consultar: http://www.violencia.online.pt/

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Educação e Formação

Um dos aspectos importantes no trajecto escolar de um adolescente prende-se com a definição da sua vida futura no âmbito profissional. O 9ºano de escolaridade assume-se como a primeira altura em que o jovem tem realmente de decidir qual a área predominante de estudo nos próximos anos de aprendizagem. Por esse motivo, aconselha-se que nesta altura o aluno faça provas de orientação vocacional, que o ajude a esclarecer dúvidas e a tomar uma decisão mais madura e consciente.
Existem alunos que desde muito cedo manifestaram interesse por uma determinada área, e começam a esboçar um percurso mais linear, tornando-se eventualmente profissionais realizados. No entanto, um jovem que sempre soube aquilo que quis não é necessariamente o mais bem sucedido. As dúvidas, os receios ou mesmo os erros nas escolhas fazem parte de uma aprendizagem e de um processo de evolução característico de qualquer ser humano e que atinge uma maior intensidade na fase da adolescência, por ser característica de enormes mudanças físicas e emocionais num curto espaço de tempo. Assim, se um jovem está muito indeciso relativamente ao seu futuro e prolonga a sua decisão, isso não é sinónimo de fracasso ou desinteresse no futuro e pode junto dos pais e/ou professores procurar profissionais especializados que certamente o saberão ajudar e orientar nesta fase importante da sua vida. Pode ainda obter informações no portal do Instituto Português da Juventude, através do endereço electrónico a seguir indicado: http://juventude.gov.pt/Portal/EducacaoFormacao/