quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Crianças, já para a cama!

Cada vez mais as crianças fazem menos horas de sono, o que já está a ter efeitos dramáticos no rendimento escolar. É preciso pô-las a dormir.
Menos trinta minutos de sono é suficiente para as crianças verem reduzida a sua capacidade de aprendizagem. Várias pesquisas conduzidas nos Estados Unidos, citadas recentemente pelo jornal britânico "Guardian", constataram que, em média, metade dos adolescentes dormem menos de sete horas por noite.
Há 30 anos, as crianças dormiam pelo menos mais uma hora do que actualmente e, mesmo no pré-escolar, o tempo de sono terá diminuído cerca de trinta minutos. Dados que comprovam a redução do tempo dedicado ao descanso.
As razões invocadas são o excesso de actividades em que as crianças estão envolvidas, a necessidade de realizar trabalhos de casa, uma atitude permissiva por parte dos pais em relação à hora de ir para a cama, a presença de televisores nos quartos infantis e a excessiva utilização de telemóveis. As consequências parecem estar relacionadas com a obesidade e o défice de atenção, cada vez mais verificados entre crianças e jovens.
Apesar da tendência verificada, estudos conduzidos pela Fundação Nacional do Sono revelam que 90%dos pais americanos pensam que os seus filhos dormem o tempo necessário.
Já as crianças, dizem o contrário. Cerca de 60% dos jovens norte-americanos que frequentam o liceu disseram que durante o dia sofrem intensos períodos de sonolência.
A utilização de exames de ressonância magnética está a servir para provar os efeitos nefastos da redução do tempo dedicado ao sono. Crianças cansadas não se conseguem lembrar do que aprenderam e a explicação estar na perda de elasticidade dos neurónios, dificultando as conexões necessárias à codificação da memória. A civilização actual parece estar a esquecer que o sono é um imperativo biológico.

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