quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Lanchar a todas as horas? É melhor não

Há crianças que comem continuamente. Ele é o pequeno-almoço, ele é o lanche a meio da manhã, um petisco à tarde já depois do almoço e um outro antes de jantar e, claro, mais um chocolate ou uma bolacha antes de dormir... A tendência põe em causa uma alimentação saudável.

Entre 1977 e 2002, o número de norte-americanos que comia três ou mais lanches diários passou de 11 para 42 por cento, de acordo com um vasto estudo sobre os hábitos nutricionais nos Estados Unidos. O trabalho de pesquisa foi elaborado pelos departamentos de Agricultura e de Saúde do Governo americano. Mas, quando se trata de crianças, a tendência para realizar refeições intercalares é de um aumento ainda mais acentuado, com um crescimento da ordem dos 40%.
A razão para esta tendência estará na omnipresença da comida em quase qualquer lugar. As máquinas de venda são o exemplo mais apontado. A falência das refeições realizadas em família, à volta de uma mesa grande, é outra das razões encontradas. Assim como as crianças com agendas cada vez mais preenchidas e que precisam de refeições rápidas e intercalares para suportarem o ritmo.
Em 2008, nos Estados Unidos, segundo um artigo do "New York Times", foram gastos mais de 68 mil milhões de dólares em refeições empacotadas. Entre os produtos mais vendidos actualmente naquele país estão os pacotes de bolachas, com 100 calorias, considerados ideais para levar nas mochilas e a que se recorre em caso de emergência.
Até os restaurantes de refeições rápidas estão a adoptar o conceito de vender mini-lanches. O resultado é que, segundo o Departamento de Agricultura, as crianças norte-americanas estão a retirar cerca de 405 das calorias consumidas diariamente de alimentos com baixa qualidade nutritiva.

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